sábado, 11 de julho de 2009

dessa vez eu termino!!!! será?

estou lendo "ana karênina" de leão tolstói. um livro de 749 páginas deliciosas!!!! então porque será que não consigo terminar?!!!
tenho esse livro há 1 ano e há 1 ano eu leio e paro, leio e paro, leio e paro,...
estou na página 243 e não consigo terminar. sempre tem um outro livro que entra no caminho e vou adiando o fim de karênina.
é interessante como exixtem livros que nós devoramos em questão de horas. eu já li bem mais de 200 páginas em um úico dia. mas, existem outros livros que pedem uma eterna leitura. não que eles sejam chatos, muito pelo contrário, são maravilhosos e, talvez por isso, ficam ali na cabeceira da cama eternamente.
talvz "ana karênina" seja um desses livros, que eu terei eternamente ao meu lado. mas, eu queria tanto terminar, saber como acaba a história, qual será o destino dos personagens,...
espero qconseguir dessa vez. se conseguir, venho aqui contar pra vocês.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

um trecho daqui, outro dali...

Nossa!!! Quanto tempo eu não venho aqui. Estava querendo retornar nessa minha casa há um tempo, mas são tantas coisas pra resolver...
Eu sei que esse é um clube do livro, então espera-se que aqui só existam discussões sobre livros, mas, como nem tudo é do jeito que nós esperamos...
Eu não estou lendo nada em particular, um trecho de um livro aqui, outro ali, todos com algo em comum: histórias de luta, de força de vontade, histórias que me fazem perceber a minha história de uma outra forma.
Eu sei, parecem livros de auto-ajuda, mas não são. Nos últimos dias li trechos de “sem asas ao amanhecer”, de Luciana Scotti. Ela conta sua história, de como sofreu um AVC aos 22 anos e teve sua vida e de seus familiares, destruída por conta de todas as seqüelas desse acidente. Ela tem todos os motivos do mundo pra querer morrer, entregar os pontos, desistir de tudo, mas não fez isso, muito pelo contrário, ela lutou e luta até hoje, dia após dia, pra que possa ter uma vida ao menos digna.
Também estava dando uma folheada em livros que contam histórias de pessoas que viveram na 2ª guerra mundial. Vocês não têm idéia do quanto alguns seres humanos podem ser monstruosos e do quanto outros seres humanos podem ser quase divinos.
Eu gosto de ler livros assim, histórias que me mostram que a minha história não é tão horrível quanto eu pinto algumas vezes. Em certos momentos da minha vida, como esse de agora, preciso de palavras como as de Luciana, que me empurram pra frente, que secam minhas lágrimas, que abafam a minha angústia.
Afinal de contas, literatura não é só diversão ou passatempo, esse clube não é só um passatempo, mas sim é a forma que eu encontro pra tornar minha alma mais leve. Da mesma forma que Luciana torna sua sobrevivência mais tolerável através das palavras, da mesma forma que outros tentam se livrar do horror de uma época, eu uso esse espaço, uso as palavras, minhas e dos outros. Pra quê? Não sei ao certo, mas que ajuda, isso eu posso garantir.

quarta-feira, 18 de março de 2009

A primeira impressão é a mais forte...

Não necessariamente a que fica...

“Às vezes eu quero fechar os olhos para toda a sujeira em minha volta. Quero fechar os olhos para a burocracia, a incompreensão, a corrupção, a burrice, a incompetência, a falta de amor, o excesso de amor, a pobreza e a ganância. Tenho vontade de fechar os olhos permanentemente para a política, para as mentiras, para o abuso de poder, para a subestimação. Não quero ter que olhar para o lado e ver que meu colega que faz a mesma coisa que eu, ganha mais ou menos. Não quero olhar para baixo e ver o mendigo com uma ferida aberta. Não quero ver os olhos daquele que sofre. Não quero olhar para cima e, mesmo com os olhos bem abertos, não conseguir enxergar o céu. Não quero olhar para frente só para te ver partindo. Não quero ver as rugas no espelho nem os ponteiros da balança.

Seria muito fácil simplesmente fechar os olhos para tudo isso, mas ainda não me ensinaram como deixar de sentir. ”

Aí, agora que já passou um tempinho e leio novamente eu penso... quem foi que disse que não fechei os olhos? Nasci em Belo Horizonte com um clima perfeito, agora minha cidade está debaixo d’água. Eu moro em São Paulo – a terra da garoa – e mesmo com uma garoa um pouco mais forte, a cidade ficou debaixo d’água. E aí você me diz: “Qual a novidade? São Paulo vive debaixo d’água!” e eu digo: - Isso!

A cegueira branca já chegou. É normal a cidade encher d’água, acho mais que normal eu precisar colocar grades na minha janela, fazer seguro contra roubo, pagar um carinha para que ele vigie meu carro dele mesmo, ficar 2 dias na fila para conseguir um médico, morrer de fome num país onde a comida estraga em galpões, engarrafamentos de horas, propinas, corrupção, violência.
Li em algum lugar que o livro tratava da “animalização” do homem. Eu incluiria mais um verbete no dicionário – desanimalização. Queria eu que vivêssemos com animais, lutando para sobreviver, matando pela comida, o poder como forma de organização.

Saramago é um cara que me faz pensar, analisar, mudar de opinião e acho que esse será um livro com vários posts.

terça-feira, 17 de março de 2009

ensaio sobre a cegueira, por katy

Em primeiro lugar, quero deixar aqui a minha admiração pelo trabalho de Fernando Meirelles que, de forma brilhante, adaptou o romance de José Saramago para o cinema. Nunca tinha visto uma adaptação tão fiel ao romance.
Gosto muito das obras do Saramago e com essa não podia ser diferente. É uma leitura forte que me fez refletir sobre os seres humanos, os verdadeiros seres humanos, não esses “forjados pela civilização”.
Muitas coisas me impressionaram nessas linhas. Primeiro foi a capacidade de adaptação. Eu sei que ela existe desde sempre, mas quando a gente vê/lê, percebe tudo de outra forma. Não são homens da caverna que estão evoluindo, se adaptando, mas são pessoas como nós, que encontram um jeito, “a vida sempre encontra um jeito”, mesmo que esse jeito seja [in]voluir.
O segundo ponto que quero comentar é essa característica do ser humano de mandar e de ser mandado. Não importa em qual condição a humanidade se encontre, podemos estar todos cegos, mas sempre existirão aqueles que de algum modo tomarão o poder, pela força ou pela palavra.
Outra questão é a da igualdade. Tirando esses que sempre encontram um jeito de mandar – que são a minoria – ficam os outros, os iguais, aqueles que seguram nos ombros dos que estão a sua frente e tateiam o chão para não tropeçarem. Mesmo com toda a minha imaginação, não consigo visualizar uma situação como a existente no livro: ser tão igual ao outro, a ponto de entendê-lo, sem cobrar explicações, sem precisar de uma única palavra, nem mesmo de um olhar, já que eles estavam cegos. Somente estar ali, sentir o meu próximo, confiar na mão que me é estendida e seguir em frente.
Foi só um ensaio, mas um dia poderemos mesmo nos encontrar cegos, se é que já não estamos... E se a cegueira branca vier, estaremos prontos para segurar o ombro do outro, engatinhar como crianças, procurando desviar dos obstáculos, ou ficaremos a espera da morte, por medo de [in]voluir?....

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ensaio Sobre a Cegueira – José Saramago


Março – 2009


Por falta total de outras sugestões, por ser uma excelente história, por estarmos ainda em ritmo de Oscar e porque o Saramago é o Saramago, o livro do mês será Ensaio sobre a Cegueira.
Para quem não conhece...

José de Sousa Saramago (Azinhaga,16 de Novembro de 1922) é um escritor, roteirista, jornalista, dramaturgo e poeta português, ateu e comunista , foi galardoado em 1998 com o Nobel de Literatura e o Premio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.

Saramago é conhecido por utilizar frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional. Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros: este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de outros autores. Apesar disso o seu estilo não torna a leitura mais difícil, os seus leitores habituam-se facilmente ao seu ritmo próprio.


A história se passa numa cidade qualquer onde um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma "treva branca" que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas.


O Ensaio Sobre a Cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar "a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti.Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: "uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos".


(informações retiradas de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Saramago e da capa do livro)

Algumas regrinhas para uma melhor organização do blog...

- Todo início de mês será colocado uma enquete com as sugestões de livros para o mês seguinte.

- Essas sugestões serão coletadas entre os membros e leitores do blog através de indicações, característica do livro, escolha pessoal, humor do dia, direção do vento, a flexibilidade do rabo do jacaré ou qualquer outra coisa que o valha

- No mês corrente o "livro do mês" será lido e discutido numa data que melhor convier aos membros.

- Os posts sobre o livro poderão ser publicados à qualquer momento, mesmo sendo sobre escolhas de meses anteriores. Para facilitar a leitura de todos os navegantes, peço que prestem atenção aos marcadores. Me mantenho o direito de editar os marcadores sempre que necessário.

- Todo e qualquer comentário, de membros, leitores ou visitantes ocasionais serão bem-vindos, porém, me reservo ao direito de “censurar” um ou outro que se mostrem abusivos, imorais ou qualquer outra coisa do gênero.

- De tempos em tempos faremos uma “auditoria” na utilização do blog e aqueles membros que não estiverem participando ou não respeitem as regras de “boa convivência” serão desativados. Obviamente não existe nenhum tipo de obrigatoriedade em ler o livro, mas se quer participar do Clube, é bom dar sinal de vida de vez em quando.

- Sempre que alguém estiver interessado em participar, favor entrar em contato por email ou por um post em Comentários. Sendo aceito, é bom que se apresente em um post para que todos os membros e leitores possam conhecê-lo.

- Para evitar a “poluição” de e-mails, faremos todas as comunicações aqui mesmo no blog.

- Aqui, somos todos leitores, então... qualquer sugestão, crítica construtiva e etc, é só escrever. Somos todos olhos.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Um carneirinho, dois carneirinhos... snnnnnn

Eu, que sempre me vangloriei por ler muito, tenho que admitir que não consigo terminar de ler o Dostie.

Por favor, não me entendam mal! Eu estou adorando o livro, o “caboquim” que filosofa igual o Jó (nosso colega de Clube que nunca se manifesta)”, a linha de raciocínio, o sarcasmo... Acontece que eu durmo. Consigo ler duas páginas prestando atenção, pensando junto, discutindo com o “caboquim” e suas idéias, rindo de suas colocações. Outras 2 páginas são levadas à muito custo. A concentração para não dormir é tanta que não consigo prestar atenção ao que leio. Uma outra página ainda é empurrada à força, mesmo sabendo que na noite seguinte lerei novamente essas 3 páginas com aproveitamento total de apenas 2.

Tenho alguns pontos que devem ser levados em conta.
1) Sou loirinha.
2) Convenhamos que o Dostie não é um autor qualquer. Acredito que o esforço de acompanhar tão grandiosa mente desgasta o já esmoído par de neurônios que me acompanham.
3) Para aliviar o peso de tanto trabalho mental, intercalei o Dostie com outros 4 livros já findos
4) Sou brasileira e não desisto quase nunca.

Ainda pretendo escrever algo discutindo o enredo e as opiniões do Jó do Subsolo, mas acredito que essa primeira impressão não deixa de ser válida: Eu adoro o Dostie, mas ele me dá sono, o que me faz adorá-lo mais ainda pois tenho sofrido de insônia!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Oi, eu sou a mais nova integrante deste blog. Sou mineira, solteira e adoro cozinhar..... resolvi resumir um pouquinho da minha vida para vcs me conhecerem um pouco melhor!

Quem sou eu...

Sonhava em ser cientista, sempre brinquei com os números e me formei em matemática... Mas como nem tudo na vida é lógico e cartesiano, fui trabalhar em RH. Conheci muitas pessoas, aprendi com tantas outras mas eu queria mais aventura na vida e me mudei para São Paulo. Conheci uma amiga geminiana que "come" livros diariamente e agora estou aqui... querendo aprender a ler como vocês!!

Eu sou a Rita, uai!!!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

“...o diabo sabe o que é essa vontade...”

bom, pra começo de conversa, gostaria de dizer que, como já havia me alertado um amigo, dostoievski é uma espécie russa de machado de assis. e como eu sou apaixonada pela maneira machadiana de escrever, acredito que dostoiéviski chegou pra ficar!!!
memórias do subsolo foi o segundo de três livros que li, até hoje, desse autor e foi o que mais gostei, seja pela maneira de escrever, me obrigando a ler em um único fôlego, ou pelo assunto abordado, o ser humano, que nos é apresentado de uma forma tão ... humana.
já tem algum tempo que li essas memórias e, quando vi o resultado da votação aqui no blog, comecei a pensar nesse homem doente que nos fala sobre outros homens também doentes. pra quem ainda não leu, a história começa assim: “sou um homem doente... um homem mau. um homem desagradável. creio que sofro do fígado.” eu acrescentaria: um homem sem o seu lugar no mundo, porque o mundo, o nosso mundo, não é para homens doentes.
dentre todas as coisas que me chamaram atenção nesse livro, eu escolhi pra falar aqui, a questão do homem e de suas vontades e do homem e suas fórmulas. nós vivemos em um mundo de fórmulas e muitas vezes esquecemos o que é ter “vontade independente, custe o que custar essa independência e leve aonde levar. bem, o diabo sabe o que é essa vontade... (p.39).
nós somos obrigados a viver em um mundo sensato, calculado. nossos desejos são movidos pelas vantagens que podem nos trazer. como seria abrir mão dessas vantagens, desejar pura e simplesmente por desejar, até mesmo o que pode ser desvantajoso, e parar de sonhar, de acreditar nesse mundo milimetricamente calculado e entender o homem, se entender enquanto esse homem doente, mau, desagradável?
acredito que nosso personagem atingiu esse estado de consciência e isso lhe custou muito caro. logo ele, que não gostava de trabalhar, que largou tudo e passou a viver de uma herança miserável!!! o preço que ele pagou foi não pertencer a lugar nenhum, ou talvez somente a um subsolo, onde podia gemer suas dores sem ser inoportuno/importunado.
fico me perguntando se ele escolheu ter essa consciência ou se ele não teve escolha. será que nós podemos escolher, decidir, desejar?!! e se pudéssemos, escolheríamos a consciência ou a ignorância? admitiríamos ser doentes, maus, desagradáveis?
ter a consciência de quem é o ser humano e, conseqüentemente a consciência de si mesmo, tornou nosso personagem amargo, triste, ou, usando suas próprias palavras, doente. quantas vezes já encontramos pessoas doentes pelo nosso caminho, pessoas que, assim como ele, não eram percebidas por “olhares saudáveis”?

não sei se estou pronta pra esse mundo sem fórmulas, mundo de desejos, dos meus desejos... não sei se estou pronta pra ter consciência de mim mesma, de minha doença, de minha maldade. mas sei, com toda certeza, que não estou pronta pra viver num mundo onde não existe desejo, vontade, onde tudo ocorre de forma planejada, calculada. não, esse mundo eu não quero. prefiro dividir o subsolo e gemer minhas dores.


p.s.: olha só o lindo selo que o clube ganhou da xeret@ muito obrigada!!!!!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

E o escolhido foi Dostoievsky


Nascido em Moscou em 11 de novembro de 1821, o escritor russo é considerado um dos maiores romancistas da literatura russa e o fundador do existencialismo com Notas do Subterrâneo (nosso livro escolhido).

A obra dostoievskiana explora a autodestruição, ahumilhação e o, além de analisar estados patológicos que levam ao suicídio, à loucura e ao homicídio: seus escritos são chamados por isso de "romances de idéias", pela retratação filosófica e atemporal dessas situações
Concordo com o Jó (nosso autor que nunca posta) que é uma escolha estranha para o verão, mas pelo jeito, teremos muito o que discutir.

Em Memórias do Subsolo ressoa a voz do 'homem do subsolo', o personagem-narrador que, à força de paradoxos, investe ferozmente contra tudo e contra todos- contra a ciência e contra a superstição, contra o progresso e contra o atraso, contra a razão e a desrazão-; mas investe, acima de tudo, contra o solo da própria consciência.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ah, o amor...

Cheguei à conclusão que, ou somos todos românticos inveterados querendo ver o lado lindo da vida, ou ele é um excelente escritor que nos guiou a isso.

Todos os post, comentários e discussões se basearam no amor, no renascimento do velho, na esperança de encontrar uma outra metade e outras coisas lindas

Por que ninguém (nem eu) comentou à respeito de um homem de 90 anos sair com uma criança? Por que ninguém falou nada sobre o pai da menina a vender para uma cafetina? Por que ninguém falou dos ataques traseiros à empregada ou em como ele foi cruel em abandonar a noiva na beira do altar?

Um amor aos 90 o redime do resto?

O que poderia ser considerado coragem por assumir um amor fora dos padrões em uma idade avançada, pode também ser considerado vestígios de uma covardia que o atingiu durante toda uma vida. Assumir algo assim à beira da morte, quando não se tem mais nada à perder, é como um doente terminal arriscar um tratamento experimental ou pular de para-quedas.

Mas como diria um colega de trabalho: “ o amor é lindo, a vida é bela e a felicidade quase existe”. Posso até prestar atenção em todas essas coisas, mas escolho focar no amor e na busca pela outra metade afinal, apesar da minha rebeldia de hoje, sou brasileira e não desisto nunca.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

e por falar em amor!

“no ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem.” [memórias de minhas putas tristes]

“falha-se sempre ao se falar de amor” [walter benjamim];
não interessa a idade que alcançamos em vida, sempre nos desajustamos diante do amor... ele foi/é/será sempre um signo inapreensível... uma caminhada labiríntica com um minotauro em nosso encalce [ou seja, tesão & tensão]... no caso de “memórias de minhas putas tristes”, o velho cronista do El Diário de La Paz encontra-se em meio a essa folia.. e, neste sentido, encontra uma outra faceta do amor aos 90 anos [sempre como um novo atalho neste labirinto]... 90 anos & precisaríamos de outros 90 anos para continuar a não apreendermos do amor... afinal o amor traz consigo a semântica do desejo [& só desejamos aquilo que não temos], uma busca desigual como em “a insustentável leveza do ser” [milan kundera], buscamos o amor em alguém que nos encontra o sexo, buscamos o sexo em alguém que nos encontra o amor... o amor é realmente louco ou somos nós que nunca soubemos amar?