quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ah, o amor...

Cheguei à conclusão que, ou somos todos românticos inveterados querendo ver o lado lindo da vida, ou ele é um excelente escritor que nos guiou a isso.

Todos os post, comentários e discussões se basearam no amor, no renascimento do velho, na esperança de encontrar uma outra metade e outras coisas lindas

Por que ninguém (nem eu) comentou à respeito de um homem de 90 anos sair com uma criança? Por que ninguém falou nada sobre o pai da menina a vender para uma cafetina? Por que ninguém falou dos ataques traseiros à empregada ou em como ele foi cruel em abandonar a noiva na beira do altar?

Um amor aos 90 o redime do resto?

O que poderia ser considerado coragem por assumir um amor fora dos padrões em uma idade avançada, pode também ser considerado vestígios de uma covardia que o atingiu durante toda uma vida. Assumir algo assim à beira da morte, quando não se tem mais nada à perder, é como um doente terminal arriscar um tratamento experimental ou pular de para-quedas.

Mas como diria um colega de trabalho: “ o amor é lindo, a vida é bela e a felicidade quase existe”. Posso até prestar atenção em todas essas coisas, mas escolho focar no amor e na busca pela outra metade afinal, apesar da minha rebeldia de hoje, sou brasileira e não desisto nunca.

Um comentário:

katy disse...

é incrível como eu nem pensei nessas coisas!!!! talvez porque nada chame mais atenção do que um velho de 90 anos querendo amar... dá esperança de que com o avançar da idade, isso [amar] seja mais fácil ou, pelo menos, não tão complicado. bjs