terça-feira, 9 de dezembro de 2008

memória de minhas putas tristes

“no ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem. lembrei de rosa cabarcas, a dona de uma casa clandestina que costumava avisar aos seus bons clientes quando tinha alguma novidade disponível. nunca sucumbi a essa nem a nenhuma de suas muitas tentações obscenas, mas ela não acreditava na pureza de meus princípios. também a moral é uma questão de tempo, dizia com sorriso maligno, você vai ver. [...] é impossível não acabar sendo do jeito que os outros acreditam que você é...”

fiquei pensando nisso. será realmente que nós estamos condenados a ser o que os outros acreditam que nós somos?!!!

4 comentários:

Cris disse...

ou isso, ou você passará a vida brigando com o mundo por não ser aquilo que ele quer que você seja. Acho que na maioria do tempo a gente acaba cedendo, nem que seja por um pouco de sossego.

Danny disse...

Existe uma frase que a gente se vc nunca falou um dia falará: "Eles não ficam falando isso de mim, então agora vão falar com razão." A gente sempre cede.

Cris disse...

é o que em Minas dizem "Levou a fama? Então deite na cama!"

Gih disse...

minha mae sempre me enchia o saco dizendo q eu era egoista e nunca emprestava as coisas pra minha irma (e eu emprestava ainda por cima). Ate q teve uma hora q eu disse, num vo fica sendo boazinha e emprestando as coisas pra ela se depois, emprestando ou naum, vo se sempre a egoista. só por isso eu nunca mais emprestei nada pra ela. eu acho q tem td a ve essa frase...